“- Minha filha.”
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João
Nem queria acreditar no que estava a ver. A mulher era belíssima e com uma cara super simpática.
Ela abriu totalmente a porta e olhou para nos e por fim para Alice que estava já com uma lágrima a escorrer pela face.
- Entre, por favor – disse a mulher chocada mas ao mesmo tempo com um ar de satisfação.
Entramos na casa e olhamos em volta a observar a casa.
- Eu sou o João – apresei-me a apresentar.
- Eu sou a Ana – disse – a namorada do Pedro.
A cara da mulher iluminou-se mais ficando com uma cara de compaixão enorme.
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Alice
- E eu sou a …
- Alice.
Olhei para ela com um ar de espanto mas dentro de mim transbordava de felicidade por ter encontrado a minha mãe fazendo desaparecer todas as preocupações e de que a polícia andava atrás de nós.
Ela indicou-nos a sala e nós sentámo-nos tal como ela.
- Sou a Joana!
Simplesmente não consegui aguentar e saltei do sofá e fui abraça-la e ela retribui-me o abraço e encostou-me mais a ela.
- Minha filha.
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Pedro
Sentia que alguma coisa tinha acontecido! Aquele aperto no peito que tanto me acompanhava e que agora protestava. Algo tinha acontecido.
Uma enfermeira entrou e despi a camisola.
- Vou-te dar este analgésico para minimizar as tuas dores.
Sim, agora estava com dores e quando me contraia era como uma queda terrível do 25 andar! Isto era um exagero mas só para terem uma breve ideia.
Deitei-me na cama, sim, pelos vistos tinha direito a cama e não a maca e adormeci…
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Alice
- Porque não nos procurou? – Inquiri ainda a chorar.
Ela olhou para mim também a chorar e começou a falar.
- E eu fiz isso… mas dissera-me que estavam adoptados…
- Isso foi á quanto tempo?
- Á uns anos…
- E não quis saber de nós? – Tinha levantado um pouco a voz mas neste momento não sentia raiva, não era capaz.
- Claro que o fiz, mas quando soube isso não procurei mais. Queria que fossem felizes e não acabar naqueles casos de televisão de pais biológicos á luta com os adoptivos! Só vos ia prejudicar e só queria a vossa felicidade.
Aquelas palavras eram verdadeiras. Eu conseguia sentir isso.
- Depois… – continuo – o vosso pai morreu. Uma doença pulmonar matou-o. Nós tivemos-vos muito cedo, mas o amor nunca nos separou nem às saudades que tínhamos de vocês. Todos os dias nos perguntávamos sobre como vocês poderiam estar e quando conseguimos esta casa e uma vida estável, e antes claro, de o vosso pai morrer… - uma lágrima escorreu-lhe pela face reparando assim nos seus olhos que eram parecidos com os meus – pusemos os melhores detectives e então fomos informados que tinham sido adoptados! Agora soube pelas notícias que estavam fugidos mas nenhum dos meus detectives conseguiu informações e por isso lembrei-me de uma carta que tinha enviado para a Sandra e pensei que me iriam encontrar…
- E aqui estamos mas…
- Disse que o seu marido morreu de uma doença pulmonar…
- Sim, cancro do pulmão. Ele era médico aqui no quartel e ouve um ataque á uns anos depois de nos mudarmos para cá e antes de ter esta casa que isso aconteceu. A ciência assim o explicou.
- O Pedro!!!
- Sim, onde é que ele está? Tenho tantas saudades dele! O meu filho mais velho - disse agarrando-se a uma medalha que tinha ao pescoço!
- Ele está no hospital! Precisa de um pulmão para sobreviver.
1X44 - Mãe - 18-04-2011
1X45 - Mãe - 19-04-2011
1X46 - Pedro “Júnior” - 20-04-2011
1X44 - Despedida como um “bem-vindo” - 21-04-2011 » FINAL
Final Alternativo
(1X46 - 22-04-2011)*
(1x47 - 22-04-2011)*
* sujeito a alterações